O dia do guarda-redes
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O dia do guarda-redes
O Nobel da Literatura Albert Camus foi
guarda-redes em criança porque era pobre e na baliza gastava menos a
sola dos sapatos. Os tempos são outros e, ontem, 120 miúdos
inscreveram-se para prestar provas no FC Porto e seguir as pisadas de
Helton, Nuno e Ventura. O “dia do goleiro” está instituído no Brasil há
32 anos e celebra-se a 26 de Abril. Chegou ao Olival com atraso, mas
revelou-se uma festa.
Nuno, contudo, salienta as agruras da
posição: “É salutar que estejam aqui tantos meninos e que queiram ser
guarda-redes. É preciso gostar de estar ali. Só pode jogar um, não
partilhamos a felicidade do golo e estamos sujeitos às críticas.”
Dá
vontade de citar o escritor uruguaio Eduardo Galeano. “A maldição do
guarda-redes está simbolizada no número que usa. É o primeiro a pagar.
Tem sempre a culpa. E, se não tem, paga na mesma”, dizia sobre o lugar
que João Paulo II, Che Guevara, Arthur Conan Doyle e Julio Iglesias
ocuparam.
O Olival encheu-se de candidatos a anti-heróis e os
profissionais incentivaram, partilhando vivências. Ventura era central
e só recuou porque lhe pediram, já Helton fê-lo por... preguiça: “Não
queria ser guarda-redes. Jogava a lateral-direito, quebrava a canela do
povo. Agora aparecem muitos guarda-redes bons, o que incentiva os mais
novos.”
guarda-redes em criança porque era pobre e na baliza gastava menos a
sola dos sapatos. Os tempos são outros e, ontem, 120 miúdos
inscreveram-se para prestar provas no FC Porto e seguir as pisadas de
Helton, Nuno e Ventura. O “dia do goleiro” está instituído no Brasil há
32 anos e celebra-se a 26 de Abril. Chegou ao Olival com atraso, mas
revelou-se uma festa.
Nuno, contudo, salienta as agruras da
posição: “É salutar que estejam aqui tantos meninos e que queiram ser
guarda-redes. É preciso gostar de estar ali. Só pode jogar um, não
partilhamos a felicidade do golo e estamos sujeitos às críticas.”
Dá
vontade de citar o escritor uruguaio Eduardo Galeano. “A maldição do
guarda-redes está simbolizada no número que usa. É o primeiro a pagar.
Tem sempre a culpa. E, se não tem, paga na mesma”, dizia sobre o lugar
que João Paulo II, Che Guevara, Arthur Conan Doyle e Julio Iglesias
ocuparam.
O Olival encheu-se de candidatos a anti-heróis e os
profissionais incentivaram, partilhando vivências. Ventura era central
e só recuou porque lhe pediram, já Helton fê-lo por... preguiça: “Não
queria ser guarda-redes. Jogava a lateral-direito, quebrava a canela do
povo. Agora aparecem muitos guarda-redes bons, o que incentiva os mais
novos.”
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